sexta-feira, julho 31, 2009

concursos


Detesto. Nunca me senti bem em nenhum tipo de competição, fugia delas no colégio, mas afinal fui parar num ramo altamente competitivo, que é o da música. Nunca dei muita sorte em concursos, é verdade. No início da minha carreira (comecei na época dos festivais) éramos todos um bando de amigos que se encontravam quase que diariamente, um mostrando as músicas novas pro outro, testando fórmulas e limites, desafiando o mundo. Éramos filhotes da bossa-nova, netos do samba dos anos 30, estávamos reinventando a roda e sabíamos disso. Nesse ponto, era bem bacana.

(na foto acima, de 1969, estou cantando com Edu Lobo, contumaz vencedor de festivais. Aqui estamos em Lisboa, no Teatro Villaret, num show que teve os Mutantes fazendo a primeira parte. Edu era o grande nome da noite, e me convidou para dividir o show com ele. Foi a primeiríssima vez que me apresentei fora do Brasil)

Mas o que era saudável competição, a partir do aparecimento dos festivais _ os premios em dinheiro, a popularidade, a exposição _ tudo isso junto fez com que mudassem os parametros, e de repente aquele seu amigo já não era tão seu amigo assim. As invejas pipocavam, o clima ficava pesado. Não era sempre que isso acontecia, é bem verdade. Mas a partir do surgimento da Tropicália, o racha foi inevitável.

(sim, estou falando dos pré-históricos anos 60...)

Como eu disse, participar de concursos nunca foi o meu forte. Cantar em estádios como o Maracanãzinho, então, era puro pesadelo. O som pavoroso, a turba furiosa, pronta para vaiar ou aplaudir sem que a gente entendesse o critério... Algumas pessoas se deram bem ali, conseguiram segurar a onda e fazer uma boa apresentação, apesar de tudo. Eu nunca fui uma delas. Minhas performances no ginásio Gilberto Cardoso estão entre as piores da minha vida.

A primeira a gente não esquece. Era para ser uma espécie de aquecimento para quando eu fosse cantar ("defender", como se dizia na época) minha própria música. Fui escalada por meu amigo Jards Macalé para apresentar, junto com os meninos do Momentoquatro, a música dele, "Sem Despedida", logo na primeira noite. Em retribuição, ele me acompanharia ao violão quando eu fosse cantar minha música, "Me Disseram", na eliminatória seguinte.

Macau era um aplicado aluno de orquestração do maestro Guerra Peixe, e o escolheu como arranjador para sua canção. Sem muita noção de quem deveria chamar, totalmente desinformada, fui atrás do meu amigo, e escolhi o mesmo arranjador que ele. Foi nosso primeiro erro. Guerra era de fato um grande arranjador _ mas não para músicas no estilo das nossas. No primeiro ensaio com a orquestra, sentimos logo que os arranjos não eram apropriados. Eram grandiloquentes demais, grandiosos demais, quase sinfonicos, quando as músicas pediam outro clima _ a de Macau, uma modinha; a minha, um samba-canção de inspiração bossanovista. Erro nº 1: nunca escolha um arranjador com quem você não se identifique.

Constatado o desastre iminente, eu e Jards fomos à casa do maestro Guerra, tentar expor nossas idéias para simplificar o arranjo. Mas o maestro era uma fera, e nos pôs para fora aos gritos. Ficamos passados. Tentei com a organização do festival trocar de arranjador, mesmo em cima da hora, e pedi a Oscar Castro Neves (muito mais apropriado para a música em questão) que me quebrasse esse galho, o que ele, em nome da ética profissional, não aceitou. E assim fomos para o sacrifício, sabendo que estaríamos de antemão desclassificados. Erro nº 2: numa hora dessas, demita o arranjador e faça de voz e violão.

Para piorar, "Sem Despedida" foi preparada um tom acima do que seria o ideal para minha voz, para melhor se adequar ao arranjo vocal do Momentoquatro. Eu cantava a música inteira uma vez, na segunda eles entravam, e ao final, depois de uma pausa dramática, eu cantava sozinha a última frase, uma oitava acima, ai de mim: "por toda vida é só teu meu coração". No ensaio, em casa, dava tudo certo. Já no festival... Erro nº 3: jamais cante num tom que não é o seu, principalmente num ginásio com 30 mil pessoas. Ao vivo, minha voz falhou no momento crucial. 

No dia seguinte, impávida, entrei para cantar minha música, desta vez me sentindo mais segura, apesar do arranjo impróprio. Pelo menos o tom era o meu mesmo. O público me recebeu melhor do que eu esperava, dadas as circunstancias da véspera, disposto a me dar mais uma chance _ o que só durou até que cantei a primeira frase: "já me disseram/ que meu homem não me ama..." Foi o suficiente. O Maracanãzinho explodiu em vaias na mesma hora, e cheguei ao fim da canção de cabeça erguida, mas piscando para não chorar. Entendi ali naquele minuto por que Bethania, maior incentivadora da minha inscrição no festival, não aceitara defender minha música quando eu a convidei. Ela de boba não tinha nada, e já estava prevendo o que viria.

Nas semanas que se seguiram, Jezebel era pouco para o que alguns jornais diziam da minha modesta pessoa. Demorou um tempo até que as pessoas se acostumassem com a idéia de uma mulher cantando coisas de mulher. Mas isso é uma outra história.

PS- tinha eu dezenove anos de idade...


domingo, julho 26, 2009

discutindo a relação

(acima, Helio e Jorge em ação, no Canadá. Música é tudo de bom! e os dois são craques no seu ofício.)

Pois então, como eu dizia no post anterior: a vida da gente tem menos glamour do que as pessoas imaginam. É uma vida suada, como a de qualquer profissional na ativa. E tem o agravante das viagens, que, verdade seja dita, são legais, divertidas, levam a gente e a música para lugares nunca dantes navegados _ quando na vida eu imaginaria conhecer, por exemplo, Trömso, na Noruega, ou Calgary, no Canadá, cidade onde foi feita a foto acima? Como turista, provavelmente nunca. Então, parece legal, e é. Mas também é dureza pegar um avião para fora do país a cada dois meses e encarar uma turnê onde se muda de cidade a cada dia: chega, passa o som, vai pro hotel, vai pro teatro, toca, vai pro hotel, acorda, viaja, chega, passa o som, etc, etc... Já falei isso várias vezes, eu sei, e desculpem se estou me repetindo, mas tem gente que não presta atenção e fica achando que tudo são sempre, e somente, os momentos de glória. 

Estou falando tudo isso porque outro dia recebi uma reclamação virtual de uma pessoa que se sentia "excluída" por eu não responder diretamente às mensagens que chegam no website e aqui no blog. Mas é o seguinte: com todo carinho que eu possa ter para com as pessoas que consomem a minha arte, agradeço mais ainda se elas se lembrarem de que eu tenho uma vida pra viver, e isso inclui uma família (que não é pequena nem simples); os parceiros e amigos do dia-a-dia; um trabalho que não se limita ao momento em que estamos no palco, mas envolve ensaios, produção, preparação para as longas viagens e problemas burocráticos diversos. Tenho duas editoras que cuidam da minha obra, dentro e fora do Brasil, com as quais tenho de estar direto em contato, ligada em questões de administração, contratos, autorizações, coisas que terão sempre de passar pelo meu crivo. Sem falar na tremenda dor de cabeça que é a contabilidade. Aliás e a propósito, tenho também (muitas) contas que batem, infalivelmente, todo mês, como todo o mundo tem. 

Tenho de praticar meu instrumento, para que na hora H as mãos andem com a agilidade necessária. Tenho de continuar compondo e escrevendo, com encomendas às vezes em tempo recorde, como quando algum parceiro me pede uma letra para um CD que ele já está começando a gravar (aconteceu há pouco com o Francis, e felizmente deu tudo certo). Tenho de cuidar da minha saúde e agulhar meu companheiro para que ele cuide da dele também. Temos ainda que arrumar um tempinho que seja só nosso, pra ler, namorar, cozinhar, ver um filme, ouvir música, conversar entre nós dois. Temos responsabilidades com a crença religiosa que escolhemos, que não são da conta de ninguém, mas que, já que escolhemos, levamos até o fim. 

A vida dá trabalho além do simples trabalho.

Portanto, a que horas eu poderia responder a cada uma das centenas de mensagens que recebo? Tem artistas que respondem, claro. São aqueles que têm secretários e assistentes que fazem isso por eles. Alguns blogs de artistas sequer são feitos pelos donos, e sim editados por algum assessor de imprensa contratado. Eu não faço isso, por dois motivos fundamentais: a) não acho honesto ter alguém assinando textos em meu nome, e b) mesmo que eu achasse correto, não poderia pagar por estes serviços. Sou uma artista classe média _ como meu público, de um modo geral, também é. 

Portanto, caros amigos virtuais, continuaremos assim do jeito que está. Acredito que a maioria de vocês não se incomode com isso. Espero não precisar discutir a relação com muita frequencia. E passemos aos assuntos realmente importantes!

PS- Mas por um lado, concordo com você, Marcel: se internet houvesse nos anos 60, quem sabe eu teria sido uma adolescente menos nerd e tivesse encontrado a minha turma mais cedo. Por outro lado, os efeitos dessa adolescencia nerd fizeram da minha música, em grande parte, o que ela é hoje. Então...


quarta-feira, julho 22, 2009

amigos reais e virtuais


Há uns meses atrás li na revista Newsweek, na coluna da última página, uma reflexão interessante de um jornalista cujo nome não lembro. O título era "You Are Not My Friend". O colunista se referia a todos esses portais que existem hoje em dia, sites de relacionamento, Orkut, Twitter, Facebook e tantos outros. E questionava o nome "amigo" dado aos co-participantes da rede. Como assim, perguntava ele, como assim, somos amigos, se nunca sentamos juntos para comer, por exemplo? Se nunca nos olhamos de frente, nem sabemos nada um do outro, além daquilo que queremos expor publicamente?

É uma boa questão para se discutir. E delicada, também. Já me aconteceu recentemente, na tour européia, de receber no camarim uma adorável família de músicos que viajara longa distancia para assistir ao show. Quando eles se identificaram, disseram: "você sabe quem somos, somos seus amigos no MySpace". E eu, sem graça, tive de explicar que nunca, ou praticamente nunca, acesso meu portal no MySpace, que foi criado em meu nome pela gravadora de Londres. Lá eu tenho mais de 1.800 amigos que nunca vi e com quem jamais me comuniquei. Eu não tenho 1.800 amigos na vida real. E olha que conheço muita gente. Mas amigo é outra coisa. E são relativamente poucos.

Também nunca na vida entrei no Orkut, embora saiba que existem algumas comunidades sobre mim ali. E também não respondi aos apelos de amigos _ reais _ que quiseram me incluir em suas redes de relacionamento no Facebook, Hi-5 e outras. Liguem pra mim, pôxa. Me mandem um email direto, quando e se tiverem tempo. Porque ainda tem essa questão do tempo. Essa coisa de relacionamento via internet, como diz uma canção da minha parceira Ana Terra, "é muito bom pra quem não tem que trabalhar". Em que horários uma pessoa poderia acessar essas redes todas? Tem que escolher uma, pelo menos? Então, no meu caso, já que gosto de escrever, escolhi o blog, e está de bom tamanho.

Através do blog, fico conhecendo por alto algumas pessoas que fazem comentários pertinentes e impertinentes sobre as besteiras que escrevo, todos bem-vindos. Sei que Luiz Antonio mora em Porto Alegre, tem duas filhas pequenas e é casado com uma professora. Sei que JoFlavio, jazzófilo como eu, mora em Londrina e tem um programa de rádio sobre o assunto. Sei que Pituco rala em Tóquio, na dura, mas talvez divertida vida de músico da noite. Que Bernardo é muito jovem e parece bastante precoce. Que Angela e Vicky, ambas com respeitável formação intelectual, já encararam subempregos como imigrantes, nos Estados Unidos e na Inglaterra. E por aí vamos. Sei uma coisinha aqui, outra ali, pelo que percebo ou pelo que eles contam. Isso não me dá o direito de entrar na intimidade deles, nem eles na minha. Nos gostamos virtualmente. Mas não somos exatamente "amigos". Até porque de repente eu poderia descobrir que nada é o que parece, e na verdade Pituco tem duas filhas pequenas, Luiz Antonio tem um programa de jazz e JoFlavio é músico em Tóquio. Ou que um deles é mulher, vai saber? Na internet pode tudo.

Mas gosto de pensar que somos todos pessoas refletindo juntas sobre os assuntos que boto aqui na mesa. E principalmente, que não se trata de fãs. Sempre me incomodou essa relação artista-fã, e por isso mesmo sempre recusei a idéia de ter um fã-clube dedicado a mim _ o fã-clube é uma instituição que, caso vocês não saibam, quase sempre é monitorada e estimulada pelas produções e/ou gravadoras dos artistas (excetuando-se, talvez, aqueles tradicionais do século passado, tipo Marlene e Emilinha. Talvez.) É o famoso culto à personalidade, que se me incomodava em Mao-Tsé-Tung e Stalin, incomoda ainda mais se for comigo...

Se alguém gosta da minha música, agradeço e fico feliz, pois é para isso que ela existe. Já a minha pessoa, é outra coisa. Somos todos humanos, e o que nos irmana é justamente isso, nossas fraquezas, nossos problemas, nossas solidões. A vida de um artista não tem esse glamour todo que as pessoas pensam.

Continua num próximo post, mais adiante.


domingo, julho 19, 2009

tempo, tempo, tempo, tempo

Imediatamente depois do Canadá e do festival de inverno de Ouro Preto, cá estou com João no camarim do SESC Vila Mariana, SP...

Cheguei das viagens e já tinha Donato de novo, o que é sempre coisa boa... Acabo de chegar da temporadinha paulista que celebrou os 60 (!!!) anos de carreira dele. Começou garoto e foi ficando mais garoto ainda a cada dia... João tem a sabedoria das crianças. Da primeira namoradinha, pra quem compôs a primeira canção aos 7 anos (e que na época tinha 8, um a mais do que ele), diz: "encontrei com ela outro dia. Está igualzinha! Só mudaram os números..." Outra ótima frase donatiana: "o tempo precisa de tempo para ser tempo". Concordo. É exatamente o princípio da vida slow, que é uma maravilha, mas que nem sempre conseguimos cumprir.

Nestes dias em SP, ele também me contou que em março, lá em Portugal (foto acima), Emílio Santiago disse a ele que tomara um susto comigo. Nas palavras do próprio, "pensei que a Joyce só se alimentasse de cubos de gelo... E lá no restaurante ela comeu tudo! TU-DO!!!" Cubos de gelo??? Só se eu fosse a Giselle Bündchen. Sim, era um tradicional restaurante português, no velho bairro Matosinhos, e eu só não comeria "tudo" se fosse uma boba e deixasse passar ocasião tão única. Na verdade, carne eu não comi, mas isso eu não como mesmo, há 30 anos. No mais, fui prazerosamente, e estava ótimo.

Mas fiquei encasquetada com o comentário do meu amigo. Deve ser a minha velha fama de natureba, resquício ainda dos tempos de Monsieur Binot. Ou ele acredita que eu estou com esse corpinho de 59 aos 61 (mais ou menos o tempo de carreira do Donato) porque fico de boca fechada direto, o que está bem longe da realidade. Mulheres francesas não engordam, chéri. Eu sou carioca, mas aprendi direitinho o truque da moderação. Mas obrigada assim mesmo, pelo que me soou como um possível elogio.

No entanto, a cada vez que abro um jornal e vejo algumas colegas _ que já estavam na estrada há bem uns dez anos quando comecei _ declarando menos idade do que eu, dependendo do humor do dia, ou morro de rir ou fico injuriada. Quer dizer que só eu fico mais velha, tá certo... O caso é que eu declaro a idade certa, aliás eu e Maria Bethania (dois anos acima de mim), somos duas que não tememos o tempo (que precisa de tempo pra ser tempo, etc, etc...) Eu sei que a temível barreira dos 60, quando a gente passa a pagar meia-entrada no cinema, pode assustar algumas e alguns. Aqui no Brasil principalmente. E dos efeitos colaterais, que às vezes aparecem bem antes, nem se fala. Já ouvi, há muitos anos atrás, um insuspeitíssimo grande compositor (na época ainda chegando aos 50, praticamente um garoto, e assustado com a possível gravidez da filha) declarar que "avô não vende disco" _ e ser rebatido no ato por outro colega, popstar total, já então cheio de netos: "que bobagem! Claro que vende!" Então vamos lá, não parece tão mau assim. 

Pra mim, uma das melhores coisas dessa fase da vida tem sido justamente conhecer essas pessoas novas, aliás novíssimas. E vamos conhecer mais uma em breve _ vem aí mais um(a) neto(a). Serão seis ao todo a partir do ano que vem, que beleza! A lindíssima alemoazinha abaixo vai ser a irmã mais velha de alguém. Quem será? como será? Boa pergunta.



quarta-feira, julho 08, 2009

finalmente, Canadá!

Foi muito bom ter estado no Canadá pela primeira vez. E acho que assim como eu tinha minhas expectativas com o país, o público de lá também tinha as suas, com relação a mim. Acho que de nenhum dos lados houve decepção.

(A foto acima é da ilha de Victoria, lugar adorável por onde passamos, onde só se chega de barco. Nossa trajetória de turistas acidentais continua... Uma amiga nossa diz que o Canadá "é um país lindo, pena que só dá pra usar 4 meses por ano". Claro que os festivais acontecem no alto verão. E mesmo assim, faz um friozinho que pros cariocas incomoda)

Os concertos foram ótimos, tivemos alguns problemas de produção em duas cidades, mas a grande maioria funcionou bem. Nesta época do ano, o Canadá fica tomado pelos festivais de jazz, e algumas cidades têm palcos por tudo quanto é rua. Encontramos vários amigos músicos, especialmente americanos, fazendo a mesma trajetória que fizemos, passando pelos mesmos hotéis, nas mesmas cidades. Kenny Werner, Randy Brecker, David Sanchez (que gravou lindamente minha canção "Essa Mulher", e que eu ainda não conhecera pessoalmente), Roberta Gambarini, Claudio Dauelsberg e muitos outros mais.

 O final, em Montreal, foi tipo apoteótico – não vou aqui ficar contando vantagens, mas foi. A casa teve de rever sua política de não permitir mais de um bis, pois o pessoal não arredava pé do teatro. E era uma platéia musical e bacana, cheia de músicos locais da pesada como Jean-Pierre Zanella, velhos e queridos amigos nossos como Joe Lovano e sua mulher Judy, e novos amigos como a cantora canadense Bet e., que gravou "Feminina" - gravação que já me tinha sido apresentada pelo nosso comentarista habitual JoFlavio.

(um parenteses pro JoFlavio: só agora tenho tido mais tempo pra ouvir tudo o que você me mandou, era muita informação. Adorei os jazzistas portugueses e a Tierney Sutton, que eu não conhecia _ adoro ver uma cantora que não tem medo de se arriscar na corda bamba, sem rede)

Termino este rápido post canadense com uma foto que tiramos no ferry boat entre Victoria e Vancouver, onde nos apareceram umas baleias. Eu sei, aqui no Rio elas vivem dando o ar da graça no Leblon e no Arpoador. Mas foi divertido estar no barco, passando tão pertinho. Vejam só!