terça-feira, novembro 15, 2011

até jazz!


Estarei longe de casa por alguns dias. Duas semanas, pra ser exata. Vai ser um mix de férias e trabalho - mais férias que trabalho, na verdade. E por isso mesmo, passarei longe de computador e outros babados. Vou ter saudades da minha paisagem caseira, por isso mesmo ela está posta aqui. Mas vai ser muito bom, tenho certeza.

Depois de um ano e meio de trabalho insano, estávamos merecendo esse presente. Sensação de dever cumprido, vamos aproveitar o momento.

Até jazz!


domingo, novembro 13, 2011

por um Rio sem nuvens


No momento em que escrevo, está se completando a ocupação da Rocinha, que, como diz o nome, era apenas uma pequena área de plantação de verduras e legumes para abastecer a Zona Sul da cidade, há meros 50 anos atrás, e hoje é a maior favela da América Latina. No momento sendo preparada para receber uma Unidade de Polícia Pacificadora, ou seja, uma UPP.

Esta comunidade (palavra hoje considerada a mais politicamente correta) vivia há mais de 30 anos sob o domínio de facções criminosas, com toque de recolher, expulsão de moradores que desobedecessem às ordens do tráfico, imposição de candidatos "afinados" com os donos da área nas eleições em todos os níveis - a começar pela associação de moradores... A lista não termina. A Rocinha, dizem os indicadores, é a área do Rio com maior incidência de lepra e tuberculose, embora não seja uma área de pobreza tão extrema como outros lugares do estado ou mesmo do Brasil,: pelo contrário, é hoje um bairro de classes C e D, as favoritas do comércio atual. Mas o tráfico não permitia a subida dos agentes de saúde. E por aí segue a grande questão: devolver cidadania e democracia aos moradores dessas áreas.

A culpa é nossa. Elegemos durante décadas os políticos errados, que estimularam esta situação. Não bastasse tudo o que o Rio sofreu ao ser despojado de sua condição de capital federal, com o esvaziamento econômico que se seguiu; a fusão imposta pela ditadura com o Estado do Rio; e os aventureiros que se apresentaram, depois da redemocratização, para tomar conta, ou tomar de assalto, esta maravilhosa cidade. Rapidamente as políticas populistas de ocupação e, em alguns casos, de conivência com o crime, cresceram à vontade.

Temos uma funcionária e amiga que morou durante anos na Rocinha. Localização que lhe parecia perfeita, perto de seu trabalho, com muitos parentes e conhecidos no entorno, todos migrantes nordestinos como ela. Mas quando seu filho completou sete anos, começou a ser assediado pelos 'olheiros' do tráfico para que se tornasse um deles. Sete anos!!! E a proposta era de que ele poderia começar empinando pipa (artifício usado para avisar da chegada do 'inimigo'), e depois seria iniciado em tarefas de maior responsabilidade. Diante disso, nossa amiga achou melhor se mudar para a longínqua comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, segundo ela, 'muito calma'. Pudera: era, e ainda é, controlada por uma milícia, que agora começa a botar as manguinhas de fora. A vida lá já não é tão calma assim. Mas voltar para a Rocinha, depois da UPP, quem sabe? O problema serão os preços dos aluguéis, que vão certamente ser inflacionados.

Torcemos, rezamos, para que esta nova ocupação, a maior feita até agora, se dê em paz e sem prejuízos para os moradores. Que possam todos ter suas vidas de volta - e para os mais novos, os que nunca chegaram a conhecer uma vida de real liberdade, sem o domínio do tráfico, muita esperança de dias melhores.

PS- aqui vai um link para o trailer do episódio que será exibido hoje, da nossa série da Multirio, 'No Compasso da História':



quarta-feira, novembro 09, 2011

crise mundial

Uma dica para quem quer entender melhor o que está se passando no hemisfério Norte desde a crise que começou nos Estados Unidos em 2008: o livro "Hay Alternativas", que está sendo disponibilizado gratuitamente pela internet. Com prefácio de Noam Chomsky e escrito por três respeitados economistas espanhóis, ele fala da crise na Espanha, que na verdade é de todos nós (quem já viu o doc "Capitalism - a Love Story", de Michael Moore, entenderá o que estou dizendo). Aqui no Brasil, temos a impressão de que estamos protegidos, mas não se sabe até quando, como a própria presidente já declarou...

Quanto ao livro, já estou lendo e gostando muito. E vejam onde achá-lo pela web, nas palavras dos próprios autores (eu sugiro o blog www.vnavarro.org):
Tenemos la firme convicción de que solo haciendo que la ciudadanía sepa lo que de
verdad está sucediendo en nuestra economía y divulgando las alternativas que
existen a esta aguda crisis del capitalismo podremos salir de ella con más empleo y
bienestar social, como demostramos en este libro.
Por eso llamamos a divulgar esta versión en pdf, a estudiarla y difundir sus
propuestas y pedimos a todos los lectores que se conviertan ellos y ellas
mismas en distribuidores del libro una vez que se encuentre impreso.
Contra la censura de los grandes oligopolios y el pensamiento único que imponen los
poderes económicos, financieros y mediáticos defendamos la pluralidad y la libertad
de pensamiento conociendo y difundiendo el pensamiento crítico.
Puedes descargar el libro gratuitamente aquí o en
Web de Vicenç Navarro
Web de Alberto Garzón
Web de ATTAC España
Web de Editorial Sequitur


quarta-feira, novembro 02, 2011

Jobs





Steve Jobs - o cara era genial mesmo. Tudo já foi dito sobre ele, e mais ainda será quando sair a tal biografia, que pouco me interessa. Mas que ele mudou nossas vidas, mudou, e muito. Meu primeiro computador, que comprei de segunda mão do meu amigo Jaquinho, ainda nos anos 1990, era um mac daqueles pequenos, em preto e branco, pré-histórico. mas aprendi sozinha a mexer nele, pois já era mais fácil que os outros PCs - e nunca mais abandonei a marca.

Cada produto que aparecia era irresistível e melhor que o anterior. Como uma vez me disse o Rodolfo a respeito: "por que eles não nos deixam em paz?" Era a velha questão de comprar um produto bacana, lançado sob expectativa geral, para logo em seguida aparecer uma versão melhorada do mesmo, que a gente 'tinha de ter'.

Li uma entrevista de Steve Jobs na época em que ele estava por baixo, a Apple tinha lhe dado o clássico chute no traseiro e seu rival Bill Gates copiava-lhe os produtos. E Jobs só dizia: "a única coisa que me entristece é que ele não têm bom gosto..."

Depois tudo mudou, e assim ficou gloriosamente até o fim. Para os macmaníacos como eu, posto aqui estas divertidas charges, sobre a chegada de Steve no céu dos inventores geniais. Charges que recebi do Cláudio Jorge, violonista, blogueiro e fã dos produtos da Apple, como quase todo músico.



"Moiséis, esse o Steve. Ele vai dar uma melhorada nas suas tábuas"


"Pra ser sincero Sr. Jobs, a última vez que uma maçã me deixou tão empolgado por aqui foi no caso 'Adão, Eva e a serpente'".




"Oi Bill Gates. Adivinha de onde estou te ligando?"