sexta-feira, abril 08, 2011

o horror

Enquanto eu conversava com Sérgio Cabral, tão querido, num papo dos mais agradáveis, o horror acontecia do outro lado da cidade. Não dá para não parar tudo e falar nisso. Está ficando difícil ser criança no Brasil. Vejam os casos de João Hélio, Isabella, Joanna, os meninos da Candelária, lá atrás no tempo... e agora isto.

A cobertura jornalística fala que a chacina de Realengo 'ganhou' as manchetes dos jornais no exterior, quando o Brasil teve a sua 'primeira carnificina em escola'. Não quero ver meu país 'ganhar' notoriedade alguma por isto, nem ter esse tipo de 'pioneirismo' na minha cidade. Cuidado, por favor, com o que e como se noticia, para não alimentar o mal. Somos do bem, e ainda veremos o bem prevalecer.

Que o filme sobre esta tragédia nunca seja feito.

3 Comments:

At 7:19 PM, Blogger Luiz Antonio said...

Também escrevi algo e postei no meu blog. Transcrevo, com sua permissão.

TRAGÉDIA HUMANA


Hoje é um dia dolorido e de reflexão.Todos os problemas que administro: trabalhar, pagar as contas _ou não ter para pagar_, correr atrás de mais trabalho, conviver com resistências, decepções, puxadas de tapete, de onde menos se espera, enfim, a luta, de "matar o leão do dia", hoje ganha outro sentido.
Escrevo isso diante do ocorrido com as crianças no Rio de Janeiro.
Nada se pode comparar e ser maior do que o problema que desabou sobre a cabeça de cada pai ou mãe, tio, irmão que se despediu de uma criança que ia para mais um dia de aula e estava já abrigada e protegida, dos perigos da rua, assistindo a sua aulinha... Nem tsunami do Japão supera isso.
O que dizer? O cara era um louco e loucura é assim mesmo,inevitável.
O "buraco é mais embaixo".
Penso no que leva o ser humano a atitudes como essa, são enigmas, verdadeiros quebras-cabeças de milhões de peças que envolvem todo contexto onde estamos inseridos. Envolve uma parte de como fomos gerados , criados, como saimos pro mundo, como reagimos a ele, internet, televisão, filme, noticias, religião, evolução, avião, jornal, eu , você, cidade, mundo.
A humanidade está enlouquecendo. Alguns de um jeito, como no caso do assassino, uns de outro, como aqueles que já banalizam atos como esse, pois a cada dia isso se torna mais comum, ou nos que ficam, como eu, escrevendo, abalados, com vontade de parar tudo só para refletir e meditar, procurando respostas que não existem, por enquanto o relógio não para de correr e o mundo é isso aí mesmo que se apresenta. Há ainda os que vão reagir de forma violenta a esse atentado, irão atrás dos descendentes, vão incendiar a tal casa de Sepetiba, que o assassino diz ter _em sua carta_ aqueles que irão faturar com a notícia midiática e os que vão dizer que todos os que gostam de animais são fanáticos, diante do que ele _também na tal carta_ disse a respeito de seu carinho e respeito pelos animais.
Sobre esse amor dele aos bichos, uma pena que ele não tenha seguido exemplo desses: não matam as crias, só atacam para sobreviver, amam incondicionalmente seus donos, mesmo quando mal tratados.
Por outro lado, acredito que seria demais esperar sentimentos nobres desse louco, se nem da humanidade, dita saudável , estamos conseguindo obter. Os animais são selvagens e nós somos seus irmãos evoluidos!

Sou exagerado, posso ser, admito. Na minha opinião perdemos o prumo . Eu luto todo dia pra tentar ao menos estabilizar o meu. Que Deus me ajude. Um dia de cada vez.

 
At 11:41 PM, Blogger pituco said...

joyce,

triste, muito triste...

 
At 1:34 PM, Anonymous Hugo, de Barcelona said...

Oi Joyce,

Concordo com você. É preciso informar sobre essas notícias, mas fazer tanto filme como já se fez em países como os Estados Unidos sobre esse tipo de horrores acho que só faz com que isso seja cada vez mais freqüente, é mesmo uma irresponsabilidade. Esse horror já aconteceu várias vezes nos EUA, depois na Finlândia, na Alemanha, agora no Brasil. Parece que matança de crianças na escola virou uma moda alentada pela mídia e o cinema. O jornalismo deveria tratar isso de outra maneira. O cinema não deveria tirar partido e divulgar essas idéias. Chega! Será que a vida de criança e adolescente já não tem valor nenhum na sociedade moderna? Será que só audiência e dinheiro é o que conta? Já basta.

 

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