segunda-feira, outubro 19, 2015

Na Berklee

Nunca fui à Berklee. Mas a Berklee veio a mim com um convite irrecusável: meu repertório autoral arranjado e tocado por alunos e professores no final deste ano, num concerto que terá minha presença como artista convidada. Vai ser no dia 10 de dezembro. Antes disso, lá estarei durante a semana, para ensaios, workshops e outros babados.

Já dei aulas e workshops em outras universidades e conservatórios. Na Dinamarca (3 vezes), na Itália, no Japão, na França... Minha música também já foi estudada em escolas da Suécia, da Finlândia, da Noruega. E em maio do ano que vem estarei em Malmö, também na Suécia, para concertos e workshops. Mas a Berklee tem um sabor especial, por ser a universidade de música mais prestigiada do planeta, de onde todo ano saem feras do jazz e de outros gêneros.

Quando eu estava em idade de fazer faculdade, não havia escolas de música popular no Brasil. Eu teria de ir para a Escola Nacional de Música e lá estudar música clássica, que não me interessava tanto, embora eu fosse uma ávida ouvinte e estudasse violão clássico com Jodacil Damasceno. Por isso cheguei a pensar em estudar nos Estados Unidos - não necessariamente na Berklee, mas em alguma universidade que tivesse um bom curso de música - pois meu sonho era me tornar arranjadora. Mas esse projeto custava caro. Enquanto isso não acontecia, fui me preparando, estudando teoria e solfejo, e nesse meio tempo, acabei me formando em Jornalismo na PUC. Quando tudo levava a crer que eu finalmente daria este salto... casei, engravidei, a vida tomou outro rumo. E a vida tem sempre razão.

(Enquanto escrevo isso, o autocorretor teima em colocar a palavra 'arranjador' no masculino, como se não existissem mulheres nessa profissão, vê se pode!)

Pois bem, isso tudo explica minha natural excitação com este convite. E lá vou eu, por enquanto recebendo as notícias que me chegam de lá, onde o time de arranjadores - professores e recém-formandos - vai dando suas leituras a coisas como 'Feminina', 'Forças D'Alma', 'Mistérios', 'Essa Mulher', 'Tema Pro Baden', 'A Banda Maluca' e outras invenções do meu repertório. A curiosidade não tem limites... Vai ser muito bom!

1 Comments:

At 4:21 AM, Blogger Unknown said...

Joyce,
estive na Europa agora em outubro e, sabendo que acabara de ser lançado, procurei o Poesia em várias lojas, sem sucesso. Fiquei triste, mas sua música não me abandonou e, em Giverny, não poderia me trazer emoção maior: nos jardins de Monet, os olhos diante daquela paisagem maravilhosa, Claude et Maurice nos fones de ouvido! Inesquecível! Quem for, tem de viver essa experiência!
Agora, já no Rio, tenho a feliz surpresa de encontrar o Poesia à venda em versão digital na iTunes store brasileira. Pronto: felicidade total! Mais um disco esse ano! Mais um clássico! Achei maravilhoso o fato (esperteza do acaso?) de ele e o Cool terem saído praticamente juntos. Tão diferentes, mas tão irmãos. Um solar e outro noturno, se complementam perfeitamente. Lindos! O problema é parar de ouvir... não dá!
Beijos e parabéns!!!

 

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