família brasileira
O ano era 1958 - Brasil campeão do mundo no futebol, no tênis, no boxe. A bossa-nova nascendo. Brasília em construção. A taça do mundo era nossa, em quase tudo.
A cidade da foto, São Paulo: o quintal da casa de meus tios na rua Indiana, Brooklyn Novo. Foi quando minha avó Odília se fez fotografar com a quase totalidade de seus netos - digo quase porque faltava nascer a neta mais nova. Mas ali estamos nós todos: eu, meus irmãos, meus primos e primas. Dois desta foto já partiram, um cedo demais, outro talvez mais cedo do que poderia.
Quem quiser pode tentar adivinhar quem sou eu. É fácil. Não mudei muito, não. Hoje eu é que faço o papel de avó na família que construí. Tenho menos netos que a vó Odília, mas isso não quer dizer muita coisa: ela teve o dobro de filhos do que eu. Nesta foto ela teria três anos a mais do que tenho hoje, e seu principal interesse era fazer pastéis, tricô e crochê. Mas era espírita, assim como eu, e amiga pessoal de Chico Xavier, cujo centro começou a frequentar depois do desaparecimento do navio do meu avô na 2º Guerra.
Os tempos mudam, mas o núcleo continua sempre. Famílias são todas parecidas.
9 Comments:
Bem, visto que em 1958, você tinha 10 anos, acredito que você seja a mocinha de saia no canto esquerdo da foto, será que acertei? hehe
Um Beijo imenso!
Até Jazz!
com este corte de cabelo estilo cuia é fácil, a primeira menina com saia quadriculada.
sempre que vejo uma foto sua de criança, lembro de minha irmã caçula, mesmo cabelo e mesmo problemas.
o apelido que eu dei, guilherme tell só pra implicar. o tormento que era quando minha mãe ia pentear aqueles fios que teimavam em embaraçar, e o fato de que nada parava no cabelo. minha mãe cuidadosa, colocava todo tipo de presilha pra enfeirar e em dois minutos tudo estava no chão.
fica aqui minha pergunta.
parava alguma coisa no seu cabelo?
beijos
joyce,
me bateu uma saudade de minha família (somos apenas o casal por aqui)...e mesmo com as facilidades virtuais e coisa e tal, dividir a mesa, ouvir estórias...é bem diferente...diria, sagrado...
parabéns pela tua...
abraçsonoros
ps.sou péssimo fisionomista (se é que exista de fato essa categoria)...contudo, arrisco a primeira do lado esquerdo...???
ps.e as moças são todas 'bonequinhas'...
Vocês todos acertaram! Eu não disse que era fácil?
Olha, eu também achava que era você, mas a confirmação era porque identifiquei tua mãe na foto, atrás de ti, e sei que tua mãe _como toda mãe_ é importante na vida de um filho, filha e na formação e sustentabilidade de uma família.Sei que a tua tem uma ligação muito forte com você, além do esperado nessa relação. Mas, fica a dúvida: você eu acertei, mas é mesmo tua mãe?
Poie é, JOyce, naquele tempo em que mãe se preocupava com tricot, crochê e fazer pastel muita coisa tinha seu lugar garantido, entre elas a base familiar. Os tempos mudaram a mulher teve que ir pra rua e a família (no sentido lar)perdeu muito com isso. Hoje temos novos arranjos familiares. No entanto, ser família "a moda antiga" não garantiu sustentabilidade. Nem toda familia teve uma Vó Odilia, uma mãe como se esperava...Tem familia que agrega, familia que desagrega. Tem familia sangúinea e família espiritual. Feliz quando nascemos numa em que essas duas conformações estejam sintonizadas... caso contrário já é missão desde a origem, sem falar no que nos aguarda no mundo fora das paredes de casa...
Batalhamos eu com minha mulher para manter no seculo XXI uma família que mantenha os laços de união e amor das famílias de antigamente, competindo com internet, tv, informação e familias desestruturadas , grande maioria dos colegas de classe, que entregaram para escola o dever de gerar valores que só em berço se aprende, pois a base maior é o amor fraterno de pai,de mãe, de irmão, tia, primo....Meu medo é que isso se perca. A escolinha é otima, torna a criança autônoma desde cedo, o turno integral permite sociabilização e praticas de muitas linguas e esportes, viagens e internet abrem as portas do mundo desde a mais tenra idade, mas colo e carinho de pai e de mãe, o almoço ou janta na mesma mesa, o "boa noite jonh boy, boa noite Mary Ellen" onde fica? Havia muito mais que boa noite nessas palavras...tomara que as novas gerações não esqueçam disso...
Mas não é minha mãe ali, não! é uma prima, 12 anos mais velha que eu...
Puxa! Parece ela das fotos que ja vi no aqui no blog (cabelão arrumado) e na praia no seu site. Vi Joyce na frente dela e logo associei a sua mãe!
a menina de saia quadriculada
sorriso estampado numa valsa
...
abs
paul
adorei a foto! eu também acertei...
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