de novo
Lá vamos nós de novo... Faltam só mais 2 semanas!
Daqui a pouco começa a maratona outra vez. Estas fotos são do deslumbrante anfiteatro de Vienne (não Viena d' Áustria, mas da França) onde tocamos no ano passado, e que nos rendeu um belo especial na TV francesa (as fotos foram tiradas ainda na passagem de som, `a tarde). Não iremos lá este ano, mas passaremos por locais igualmente bacanas ou quase tanto quanto.
Perguntas que vou botar no índex das minhas próximas entrevistas _ ou seja, temas sobre os quais não quero ou não agüento mais falar:
1- você acha que faz mais sucesso no exterior do que no Brasil?
2- por que você se apresenta tão pouco no Brasil?
3- você tem alguma mágoa por fazer mais sucesso lá fora do que aqui? (como assim, mágoa???)
4- seu público lá fora é formado por brasileiros ou locais?
Atenção! O conceito 'lá fora' parece indicar que 'aqui dentro' as coisas são completamente diferentes, ou que estamos presos 'aqui dentro' em alguma espécie de gaiola invisível. Mas os brasileiros que estão 'lá fora' também raramente aparecem nos meus shows. Portanto eles continuam 'aqui dentro' pra mim, ou sou eu que estou 'lá fora' demais pra eles? Vai saber...
4 Comments:
Li esse post ontem. Tive que fechar sem comentar - pra não falar bobagem - Li agora pela manhã, melhorei... Te explica melhor, guria!
Tenho quase 40 anos, aprendi a gostar de nossa música com meus pais, depois abri preferências próprias onde inclui você e tantos outros "da minha geração". Um dia o Baden veio fazer um show m Porto Alegre, fiquei feliz de poder assistir aquela "raridade" de aparição em palcos brasileiros. Ocorre que numa entrevista ao jornal local o Baden acabou falando sobre a relação dele com o publico Brasileiro ou com o Brasil, ele de certa forma respondeu as pergunats que tu listastes no teu post, sem ter sido inquirido sobre esse assunto. O cara demonstrava explicitamente tanta bronca, que a tal "mágoa" veio bater em mim (e talvez em outros que tenha lido a entrevista). Peguei meu ingresso, coloquei num envelope e pedi que a recepção do hotel entregasse à ele, com um cartão que dizia mais ou menos o seguinte: Baden, devolvo teu ingresso para o show dessa noite com pedidos de desculpas porque sua entrevista no jornal de hoje me fez sentir um penetra (ainda que pagante) comprei ingresso para uma festa da qual eu não sou convidado pelo fato de ser brasileiro e morar no Brasil"
Teu post de hoje mexeu comigo Joyce, gostar do teu trabalho sendo brasileiro "aqui de dentro" ás vezes me faz sentir que pra você "eu estou fora, não valho", da mesma forma como vejo que é pra você fazer música com a alma "aqui de dentro" e só ser ouvida por quem "está lá fora", que te curte muito, adora muito, mas não sabe da emoção contida na língua portuguesa, no lirismo da tua poesia e ficam apenas com parte da emoção, aquela (que não é pouca, mas não é completa)que os instrumentos e a voz despertam, mas não sabem o que significa literalmente "um vento bateu dentro de mim, que eu não tive jeito de segurar...a vida passou pra me carregar...preciso aprender os mistérios do mundo pra te ensinar..." isso, minha amada Joyce, só brasileiro daqui "de dentro" e de "lá de fora" sabe entender a dimensão que tem. Almas não tem nação, almas tem emoção.
Também li o post duas vezes pra não entender errado. Assim espero...
Joyce, passei a vida toda perguntando pro meu pai porque raramente ele me levava aos teatros pra ver os shows de que nós sempre admiramos. Hoje eu sei que o artista canta para quem quer ouvir e é muito triste ver a sua agenda com tantos shows ‘lá fora’, mas se não existe espaço aqui no Brasil que culpa tem você, eu ou a minoria ‘aqui dentro’? E sinceramente não me sinto nem um pouco ‘penetra’. Esse posto eu deixo para o público que te assiste lá fora porque independente do lugar, a sua música vai ser sempre brasileira.
Sobre o brasileiro que vai morar no exterior, eu acredito que não vai mudar também o gosto musical só porque não reside mais no Brasil. Isso é ilusão...
Querida Joyce, acho que vc está certíssima em tudo que disse, cada palavra.
No seu lugar eu diria a mesmissima coisa. Here, there, in everywhere, pra mim, vc SEMPRE vai estar dentro do meu coração.
Oi Joyce,
Sou jornalista e brasileira "de fora" no momento, e (acho que) entendo perfeitamente o que você quis dizer com seu post. Nós jornalistas às vezes ficamos mesmo batendo na mesma tecla, muitas vezes esperando uma (pre)determinada resposta e nem sempre ouvindo o que o artista realmente tem a dizer.
Tive a mesma impressão aqui, em um ou outro comentário feito por leitores do seu blog.
E ao contrário de muitos brasileiros que escutam música estrangeira sem entender uma palavra de inglês, francês ou seja qual for o idioma, fico cada vez mais impressionada com o número de estrangeiros que fala e entende português - grande parte deles atraídos para a língua pela mpb.
Mas na verdade estou escrevendo pra dizer que estou superfeliz por poder ver em breve mais um show seu em Amsterdã. E tenho certeza que não vão faltar brasileiros - de dentro e de fora - na platéia.
Abraço,
Mariângela Guimarães
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