quarta-feira, dezembro 20, 2006

todos os instrumentos


Músicos são feito crianças: ficam doidos quando ganham um brinquedo novo. Olha só a alegria do Menescal e do Tutty, cada um com seu novo instrumento, na passagem de som em Tokyo...

Eu gostava de pensar que comigo não fosse tanto assim, já que vejo o instrumento mais como um... instrumento de alguma coisa, oras. No caso, da criação da minha música. Mas bem que gosto quando me chega um novo. O problema é que tenho mais do que preciso, o que me lembra um amigo meu que dizia pra mãe dele: " mas pra que tanto sapato, mãe, se eu só tenho dois pés?" Ah, mas sendo mulher, sapato pra mim nunca é demais... Pronto, olha eu aqui divagando. O que quero dizer é que o violão praticamente faz parte da minha anatomia, depois de tantos anos. E é o melhor de todos os parceiros, aquele que nunca me deixou na mão, a fonte de onde me vêm todas as idéias.

Acho o máximo quando o músico se identifica tanto com seu instrumento que ele vira sobrenome. Paulinho da Viola. Chiquinho do Acordeon. Zeca do Trombone. Paulão Sete Cordas. Ninguém sabe o nome real desses músicos, porque o instrumento tomou conta deles de tal forma que virou nome de família. E eis que de repente resolvo um dilema existencial, eu que fiz carreira sem sobrenome a minha vida toda: eu podia passar a me chamar Joyce do Violão, por que não? Será? hmm, acho que não gostei muito do som. Não, vou ficar com meu nomezinho mesmo do jeito que é. Quem sabe algum dia vou a um numerólogo, e conforme for, passo a usar nos discos Joyce Moreno, do jeito que ficou quando assinei o papel do meu casamento com o Tutty da Batera.

PS- obrigada ao Haryson, que estava em João Pessoa e fez a nossa foto com Sivuca.