a bossa esteve em Londres
Foi divertido `a beça estar com esse povo todo na cidade onde a música brasileira criativa renasceu de forma espetacular, no início dos anos 90. Na foto acima, no ensaio geral para o show do Barbican Hall, há uma semana atrás, estamos eu, Dori, Donato, Wanda, Menescal e Carlos. Faltaram Marcos Valle, Vinicius Cantuária, Clara Moreno e Celso Fonseca, que ensaiaram em outro horário. O que posso dizer é que todos arrasaram, sem exceção _ todos estiveram no seu melhor momento, e a magia das grandes salas de concerto mais uma vez se confirmou: é quase impossível alguma coisa dar errado numa sala dessas.
Não sei por que isso acontece, mas já tive várias experiencias desse tipo, em salas como essa pelo mundo: o Theâtre de la Ville, em Paris; o Carnegie Hall, em NY; o Maronouchi Hall, em Tokyo; o Philarmonie Hall, em Colônia, e o próprio Barbican Hall de Londres (onde toquei pela primeira vez em 2003), todas salas em torno dos 2.000 lugares (no caso de Tokyo, eram 5.000), lotadas por um público ávido pela música do Brasil. Sem contar com os grandes concertos a céu aberto, como o que fizemos, eu e minha banda, em 2006, no festival Jazz `a Vienne, no sul da França, para 7.500 pessoas, num belíssimo anfiteatro romano. Não sei o que acontece, repito, mas nesses ambientes alguma estranha mágica se estabelece e nada, mas nada mesmo, dá errado.
São locais com tradição de música, o que explica muita coisa. Há uma energia musical no ar, que remonta a todos os espetáculos que já aconteceram ali. O público já chega sabendo o que esperar. Os equipamentos são sempre de primeira, assim como as equipes técnicas, o que nos livra de problemas menores como som e luz. Desta vez, no Barbican, até os corações mais endurecidos tiveram de se render `a evidencia de que tudo estava perfeito. E todos puderam fazer aquilo que sabem fazer melhor.
Fecho este post com uma foto do meu parceiro querido João Donato, que na sua simplicidade genial balançou o Barbican e botou pra quebrar, encerrando a noite com chave de ouro, prata, diamantes e o que mais vocês quiserem. Viva ele! e viva a música criativa do nosso Brasil!
6 Comments:
Oi, Joyce. Não achei seu e-mail, então vou falar por aqui mesmo: me chamo Tauil e tenho 15 anos. Descobri a música aos 12, e desde então, dedico meu tempo para pesquisar Chico Buarque. Consegui o maior acervo digital do mundo sobre ele e hoje dou palestras. Estou sempre qurendo aumentar a quantidade de fotos e raridades. Se você tiver alguma coisa que puder me mostrar, ficaria muito contente! :)
Obrigado.
Beijão do fã Tauil.
Joyce,
viva a música e os músicos...puxando brasa pros brasucas,claro,clara,ana e quem mais chegar...rs!
acabo de ouvir as postagens no myspace...piramidal!
só conhecia a letra de 'Compositor',postada aqui...que sonzaço.
li uma entrevista do João Donato...de fâ me tornei gafanhoto...que lição de vida!e que swingue!
amplexosonoros e amplificados
Oi Joyce!
Que ótimo que tudo correu bem no show.
Tenho certeza que os ingleses adoraram, mas pena que não vai sair em DVD. Espero que alguns vídeos do show saia no Youtube.
Estou na fila do gargarejo esperando sair seu DVD.
Beijos!
Joyce, sobre isso as "gurias" (como se diz aqui no sul da ilha) mais "arretadas" (como se diz lá no norte da ilha) da musica brasileira as "malucas beleza" Luli e Lucina já cantavam tudo o que se pode dizer a respeito no vinil "TIMBRES&TEMPEROS" que eu, lá pelos anos 80, tive a felicidade de adquirir numa loja de discos escondidinha numa galeria aqui de Porto Alegre, a Kings, que deixou saudades pra quem gostava de musica criativa por aqui. Achei no site das gurias a letra e toda a ficha da produção da faixa, segue aí...BEIJOS
SÓ VAI DAR EU
O abre alas
(Luli e Lucina)
Sinto que tá vindo na ponta dos dedos
um comichão, um tempero, um ritmo
balanço feito marola
que nessa onda eu vou que agora
a maré virou
maré virou
Diz que a bossa nova que nasceu
em Copacabana
ginga de veludo, sínteze do jazz e do samba
que fez a cabeça de toda a moçada
que hoje tá chegando aos quarenta
revolução dos anos sessenta
violão amante, amor dissonante
diz que em Londres virou mania ouvir
o batuque doce que o Brasil criou
que quem era heavy agora pega leve
amaciou, o som amaciou
chega de panela, a ditadura acabou
muita pedra rolou, muita pedra rolou
alô pra turma que resistiu
que botou fé no axé do Brasil
gente que nem eu, gente que nem eu
a moda é brasileiro e brasileiro sou eu
só vai dar eu!
Eu vou cair na bossa, vou vencer na copa
só vai dar eu, só vai dar eu
vou ser famosa e muito feliz
no Olimpia de Paris
só vai dar eu, só vai dar eu
e que ninguém me aguente
que eu vou pro Oriente
só vai dar eu, só vai dar eu
Que ninguém me pegue
que eu vou pro Carnegie
só vai dar eu, só vai dar eu
valeu a paciência, valeu a resistência
só vai dar eu, só vai dar eu
- e inda tem gente que diz
que o sonho acabou...
acabou uma ova, olha a bossa nova
só vai dar eu!...
Participação especial da banda "No bico da chaleira"
Ovations: Luli e Lucina
Violão: Ítalo Peron
Cavaquinho: Dom Pedrão
Bandolim: Ney Marques
Baixo: Bosco
Clarinetes: João Geraldo
Sax Tenor: Zezinho Mutarelli
Teclados: Walter Pinter
Surdo: Sabido
Pandeiro, cuíca, apitos: Chica Brother
Tamborins: Chica Brother e Zé Luiz
Vozes: Luli e Lucina
Arranjo de Base: Luli, Lucina, Ney Marques e Ítalo Peron
Arranjo: Luli, Lucina e "No bico da chaleira"
Joyce, Miele me contou que, nessa viagem a Londres, rolou, da parte do Carlos Lyra, um pedido do "mapa do avião" para saber qual seria o melhor lugar para ele se sentar. Contou também que o Dori soube disso e fez a seguinte paródia de "Carolina" (só guardei o começo e o fim...):
Carlos Lyra
Você vai no fundo
Lá do avião
Lá onde vai todo o mundo....
E o final:
A Joyce já está na janela e só Carlos Lyra não viu...
Um beijo do seu amigo
Magro Waghabi
Ola, Joyce!
Achei esse blog por acaso. Eu cobri o evento! De uma olhadinha no meu blog que tah tudo postado por lah!
Parabens pelo trabalho estupendo e por ter feito esse show maravilhosos chegar ateh nos em londres.
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