DK
Ela é gente boa. Ela é uma grande mulher (deve medir tipo 1,80 m, e estava de salto alto). Vocês sabem quem é _ Diana Krall, aí comigo na foto. Fiquei baixinha à beça perto dela.
Conversamos ontem depois do show que ela fez _ veio gravar um DVD de música brasileira aqui no Rio _ e adorei a pessoa. Cantoras são uma categoria esquisita. Dão trabalho, quase sempre têm um ego gigantesco e nem sempre são tão musicais quanto deveriam. `As vezes uma cantora iniciante chega para um show de pequeno porte carregando equipamento digno de uma miss, com mãe, cabeleireiro, maquiador, figurinista, empresário, assessoria de imprensa e outros babados mais. Esta aqui, talvez por fazer parte da reduzida categoria das cantoras-músicos, é das pessoas mais tranqüilas que já vi nos meus muitos anos de estrada. E olha que se trata de uma superstar mesmo.
Produção havia, muita gente trabalhando no local, além dela e de seus músicos (todos igualmente gente finíssima). Ela sinceramente ama e conhece a música brasileira (e quem não? afinal, como disse o jornal The Times, de Londres, 'everybody loves a Brazilian'). Durante nossa conversa, além de me dizer uma série de coisas impublicáveis _ pois continuo fiel ao que aprendi com minha mãe: "elogio em boca própria é vitupério" _ elogiou também a bolsa que eu estava usando (gracinha) e descobriu que ambas usávamos o mesmo tipo de adereço, uma corrente com um pequeno relicário que, ao ser aberto, mostra duas pequenas fotos. O meu tem a foto da minha filha mais nova quando pequena, e a da filha dela na mesma idade. O de DK tem as fotos de seus filhos gêmeos. "São seus bebês?" ela me perguntou. "Não, é o meu bebê e o bebê do meu bebê".
Enfim, foi uma dessas raras vezes em que se pode mesmo dizer que foi um prazer conhecê-la. E ouví-la. Instrumentalmente, talvez seja um jazz um pouquinho comportado demais pro meu gosto pessoal. Mas a líder é uma bela cantora-músico, uma grande 'entregadora de canções', como se diria em inglês, e diz as letras com propriedade e entendimento, fundamentais numa intérprete. Certamente o DVD vai ficar bacana, ainda mais com a paisagem que ela escolheu para filmar. O Rio é sempre um luxo, e todo o mundo sabe disso. Ou não sabe?
7 Comments:
Minhas Musas!
Você saiu muito bem na foto. Um grande abraço do Alvinho da Lília.
Uma bela foto, de duas das melhores cantoras do mundo na atualidade.
Já sei quais serão meus presentes de fim de ano: o seu DVD e o DVD da Diana Krall.
Diana Jean Krall (43) começou a estudar piano aos 4 anos de idade. Aos 15 passou a tocar em vários restaurantes de Nanaimo, sua cidade natal, no Canadá. E dois anos depois ganhou uma bolsa para estudar na Berklee, Boston. Ainda em Nanaimo, chamou a atenção do contrabaixista Ray Brown e do baterista Jeff Hamilton. E foi por eles aconselhada a estudar piano e voz com Jimmy Rowles, isso já em Los Angeles. Em 1990 Krall foi para Nova Iorque, onde começou sua carreira de forma mais consistente. São mais de 10 álbuns gravados até hoje e alguns “grammies” colecionados. Em 2003 casou-se com o cantor inglês Elvis Costello (Declan Patrick MacManus, 54), com quem, em 6 de dezembro de 2006, teve gêmeos, Dexter e Frank.
Eu fiz a fila. Fui com meia hora de antedecência para a bilheteria. Sendo estrangeiro morando no Rio, aprendi que existem muitos mais fãs do que eu imaginava, sem me preocupar ainda. Lembro que quando eu ia para o Blue Note ou para o Birdland eu fazia a fila também, mas não era assim, eu sabia que conseguiria. Era meio dia, já o calor chegava a ser insuportável, da mesma forma que a possibilidade de não conseguir ingresso. Um hómem de segurança começou contar, parou e disse para os ansiosos potenciais compradores: "Os últimos ingressos estarão mais o menos por aqui", com o seu dedo indicador apontando para mim. Isto aumentou a minha preocupação e começei a suar. "Próximo !, chamou um dos atendentes da bilheteria, com rosto frio". O meu colega de enfrente correu feliz. Mais um passo e finalizaria para mim aquele sofrimento. Começei a sorrir, preparei o dinheiro, já não me importava se fosse camarote, balcão, nada. "Os ingressos estão esgotados", gritaram eles ! O meu sonho de ver o João Gilberto ao vivo no Rio, com reais fruto do meu trabalho como local e não aqueles cheirosos dólares que eu alegremente convertia em qualquer moeda local, acabou com um enorme senhor fechando uma grade de metal na minha cara. Fiquei arrasado.
Queria vê-los agora no SESC Quitandinha. Desta vez liguei, para não me emocionar tanto. "Show fechado para o público" disse o atendente no telefone. Fiquei arrasado II.
Quando sai da Colômbia, sonhava com os shows que nunca chegavam lá. Quando morei nos EUA fui para muitos shows mas sonhava com a emoção coletiva de fazer realidade um sonho. Agora que eu moro no Brasil, sonho com poder sonhar de novo. De repente faz parte do que eu preciso aprender aqui.
Comprarei o DVD seu e da DK. Isso já está na minha lista de sonhos.
Abraço,
CHRISTIAN
joyce,
everbody loves brazilian...eu love eliane elias...rs!
abraçsonoros
...e você e tua música...brasileiríssimas!
abraçsonoros e amplificados
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