segunda-feira, outubro 13, 2008

fotos ao vivo

Fotografar um concerto ao vivo é uma arte. Poucos são os fotógrafos que têm a sensibilidade e a sorte de pegar os melhores momentos, de um jeito que parece que quem vê está lá no palco com quem toca. Tenho algumas grandes fotos dos anos 70, feitas pelo querido Luiz Fernando Borges da Fonseca, que deve estar fotografando noutra freguesia a esta altura, documentando encontros mil no céu dos músicos. Mas muitas vezes vi grandes fotógrafos de estúdio não acertarem na hora do ao vivo. É uma forma muito especial de se trabalhar. A pessoa tem de ficar invisível, em primeiro lugar, para não invadir o ambiente dos artistas. Se estiver no palco, então, nem se fala: nada pior do que você 'saber' que está sendo fotografado(a) numa hora dessas. Tira toda a espontaneidade, desconcentra, atrapalha mesmo, por isso também, flash, nem pensar. Complicado, né? Arte para poucos.

Minha amiga Miroca (Myriam Villas-Boas) é brilhante nesse ponto, e tem feito fotos geniais de gente tocando ao vivo, está se especializando nisso. A foto acima é uma de muitas feitas na sexta-feira passada, em BH. Sorte que estávamos tocando bem ali, na cidade onde ela mora. Ela tem o olho vivo e a intuição dos grandes momentos. E começou a fazer isso faz pouco tempo. Daqui a pouquinho estará expondo, publicando livros, aquela coisa toda. Vai ficar impossível! Acho bom a gente aproveitar agora...

6 Comments:

At 10:21 PM, Blogger JoFlavio said...

A MORTE DA COLIBRI

Morreu a colibri. Morreu rápido, fácil, sem dores ou aflições. Morreu como um passarinho. Sua única tristeza, ao partir, parecia a certeza de que, como todos os colibris, o esposo morreria assim que ela abandonasse o mundo. Pois é sabido que um colibri não pode viver sem a sua companheira. Jamais houve um colibri que conseguisse resistir à morte de sua fêmea - eis a suprema grandeza de um amor. Mas como a colibri sabia disso, isso também sabia o dono do colibri viúvo. E assim que a colibri morreu, o esperto dono, rapidamente, colocou diante do colibri vivo um espelho perfeitamente polido para que a avezinha não sentisse a falta da companheira. E como tal se buscava, tal se deu. O colibri, que era míope ou narcisista, vendo-se refletido no espelho, considerou duplicada a sua vida e, assim, continuou vivendo, contrariando a lenda e a ornitologia. Mas lá veio o dia fatal em que um garoto atirou uma pedra na gaiola, tentando acertar o colibri. Não acertou o colibri mas acertou no espelho. E logo, num minuto, olhando em volta, atônito, apalermado, o colibri entrou em pânico, em agonia, e sucumbiu. O médico chegou apenas a tempo de constatar a morte e declarar a sua causa: morreu de espelho partido.

MORAL: NINGUÉM PODE VIVER SEM O REFLEXO DA PRÓPRIA IMAGEM.

PS. MILLÔR FERNANDES, “FÁBULAS FABULOSAS”.

 
At 7:03 AM, Anonymous Anônimo said...

pois é, perdi este show, algo que eu esperava ansiosamente, só fui saber no domingo.
de que adianta patrocínio cultural e ingressos a 15 reais, se o show não é divulgado.
será que é apenas para o banco do brasil posar de bonzinho?
o público que se f...
quando a leila pinheiro esteve aqui num projeto semelhante, patrocinado pela petrobrás, que teve divulgação a altura, faltou sair gente pelo ladrão.
alguns cartazes em algumas agências
na véspera do show não é divulgação.

 
At 1:22 PM, Anonymous Anônimo said...

Foi um showzaço.Uma pena que o segurança truculento do Chevrolet Hall nao deixou a gente subir ao camarim.Fora isso,foi um show emocionante.Desenredo,Sampa e Clareana foram as melhores de um show brilhante.

 
At 4:41 PM, Blogger consuelo abreu said...

"Ela tem o olho vivo e a intuição dos grandes momentos. E começou a fazer isso faz pouco tempo. Daqui a pouquinho estará expondo, publicando livros, aquela coisa toda..."

Concordo inteiramente. Vi as fotos do show e são excelentes registros de um magnífico espetáculo.

 
At 12:22 AM, Blogger Luiz Antonio said...

Sabe aquele exato momento em que a equipe, na maior concentração, alcança o objetivo muito esperado? Quando, finalmente, a gente VÊ e SENTE que "DEU!"? Esse é o momento e o nome que eu dei pra essa foto.

 
At 4:22 PM, Anonymous Anônimo said...

Sou absolutamente suspeito para emitir qualquer opinião a respeito, mas emito assim mesmo: a moça é danadinha. Como se já não bastassem aqueles olhos lindos, ela ainda tem um olhar sensível e próprio. Tive sorte.

 

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