sábado, fevereiro 21, 2009

o que é um nome?

Esse foi o nosso comunicado de casamento em 2001, quando resolvemos botar no papel o grande amor. De lá pra cá, toda vez que eu tinha de dar meu novo nome civil (Joyce Moreno) sempre perguntava a mim mesma por que não usar no trabalho o nome que agora era meu por direito.

O mundo está cheio de artistas que usam Moreno como pseudonimo, e nem são nossos parentes. Quando você vai ver, o nome real da pessoa geralmente é Silva, Santos, Pereira, Oliveira ou outros sobrenomes brasileiros comuns. Moreno tem uma sonoridade bonita para música, e talvez por isso faz tanto sucesso no meio. Aqui em casa, minha filha Clara foi a primeira a adotar, embora no caso seja o nome do padrasto e não do pai biológico. Com certeza o oxímoro embutido no nome Clara Moreno deve ter sido um dos motivos, junto com o fato de ela ter sido criada pelo Tutty a partir dos 6 anos. Mas estou divagando, não é essa a questão.

O caso é que resolvi assumir, a partir deste ano da graça de 2009, o nome Joyce Moreno em meu trabalho também. Não usar sobrenome é um inconveniente. Quando, no inicio de minha carreira, a gravadora achou que Joyce era suficiente para ser meu nome artistico, isso não me pareceu estranho, pois havia muitas outras cantoras de um nome só na música brasileira. Mas `a medida que o tempo foi passando, outras Joyces foram aparecendo na área, umas legítimas, outras falsas. Cantora evangélica, de axé, aspirante a cantora, concorrente de reality show na Holanda, tudo isso com o meu mesmo nome já me apareceu, sem falar na infame dupla Tom e Joyce, dois franceses espertinhos se fazendo passar por vocês sabem quem. Sem mencionar que Joyce é um nome bastante comum fora do Brasil. Pra quem vive com um pé aqui e outro no mundo, como eu, `as vezes isso fica complicado ("The Brazilian singer who uses her first name only". Ah!). E aqui mesmo, quantas vezes não ouvi do outro lado da linha um "ah, Joyce cantora!" como se 'cantora' fosse sobrenome de alguém.

Depois de uma visitinha ao Google, onde encontrei mais entradas em relação a meu trabalho para Joyce Moreno do que para Joyce tout court, tomei a decisão que vos comunico neste momento: daqui pra frente, Joyce Moreno serei, tanto na música quanto já sou no mundo real dos bancos e documentos. Segundo pude ver, tenho duas homonimas no mundo: uma senhora australiana que fabrica bonecas e uma jogadora de futebol panamenha. Não acredito que nenhuma das duas vá entrar em rota de colisão comigo.

Meu domínio na web também muda a partir de agora, deixando pra trás o velho joyce-brasil.com (solução visivelmente intermediaria) e aparecendo gloriosamente como www.joycemoreno.com. Espero que o pessoal se acostume logo. Eu já me acostumei, e estou adorando!

14 Comments:

At 4:15 PM, Blogger JoFlavio said...

No seu caso, a alteração, ou melhor, a simples incorporação de um sobrenome, é mais do que oportuna e procedente, pelas razões expostas. Porque já vi músico mudar o nome sob pretexto de uma numerologia que poderia motivar (para melhor) uma carreira em declínio. Isso, na minha opinião, é ridículo. Sandrá Sá virou Sandra de Sá. E nada mudou, ao contrário. Jorge Ben, Jorge Benjor, e nem porisso melhorou o nível primário de suas letras.Baby Consuelo, Baby do Brasil. E daí?? Mas, ainda bem, parece que esse modismo torto sumiu.

 
At 9:18 PM, Blogger JoFlavio said...

Curiosidades...
Esse negócio de criar um nome artístico – vou repetir, não é o seu caso -, teve origem nos Estados Unidos, que no início do século passado receberam muitos músicos de famílias de outros países, assim como os que vieram tentar a sorte em Hollywood. E aí ficava difícil falar os nomes verdadeiros. Eram russos, alemães, italianos, etc. Alguns ficaram famosos. Exemplos:

Jacob Gershowitz (George Gershwin)
Israel Isidore Baline (Irving Berlin)
Wladimir Dukelsky (Vernon Duke)
Anthony Dominick Benedetto (Tony Bennett)
Hyman Arluk (Harold Arlen)
Isadore Soifer (Alex North)
Dino Paul Crocetti (Dean Martin)
Andreas Ludwig Priwin (Andre Previn)
Norma Deloris Egstrom (Peggy Lee)
Concetta Rosa Maria Franconero (Connie Francis)


PS. Até mesmo a namoradinha dos americanos na época (Doris Day) chama-se Doris Mary Anne Von Kappelhoff. Chama-se porque está vivinha da silva, partindo para 85 em 3 de abril.

 
At 10:57 AM, Blogger Érico San Juan said...

A maioria dos cartunistas costuma usar apenas o primeiro nome: Ziraldo, por exemplo. Outros cartunistas inventam um nome mais sonoro a partir do próprio sobrenome: Jaguar, por exemplo. Eu sou cartunista, meu nome completo e real é Érico San Juan. Mas usava só Érico pra assinar meus trabalhos. Até que descobri a existência de um colega cartunista chamado Érico, do Maranhão. Para que eu não seja confundido com ele, tomei a decisão de assinar meu nome completo, sempre. Nunca me arrependi.

 
At 9:03 PM, Blogger Marcel said...

Oi Joyce!!

Tudo bom com você?
Espero que esteja ótima!

Como costumo ouvir sempre, mudar só faz bem, não é?

E é lógico que se você está feliz, nós, os seus fãs, também ficarão!

Cara, eu tenho só 16 anos rs
Mas...

Tenho cabeça o suficiente pra saber do seu talento, admirar seu lindo trabalho!

Nunca assisti a um show de ninguém, mas como presente de aniversário irei assistir ao SEU!!

Vai ser de imensa satisfação ver você Ao Vivo.

Aguardo anciosamente até Domingo!

Grande Beijo!
De talvez o seu mais novo fã! rs

 
At 1:25 PM, Anonymous Anônimo said...

Mudança que só há de te fazer bem, é o que desejo.

Apesar de adorar a sensação de intimidade que a versão solo do seu nome me conferia num bate papo sobre você, passo a adotar Joyce Moreno, que é um belíssimo nome.

Com isso é fácil acostumar, o que já não se aplica a seu talento. Não me canso de ouvir e de ser surpeendido a cada audição, minha querida!

E a ansiedade de te ver em Brasília (e de levar amigos que já te acompanham ou vão passar a te conhecer) só aumenta.

A gente se vê no CCBB! Nos dois dias, claro!

Grande abraço.

Anderson Falcão
(escolhendo seus discos favoritos - tarefa difícil! - para levar e pentelhar autógrafos e abraços seus no dia...)

 
At 7:48 PM, Anonymous Anônimo said...

Ainda pequena, aprendi "Clareana" para cantar numa apresentação da escola. Meu professor, quando eu perguntei de quem era a música, respondeu: "É da Joyce". Depois, passei a cantá-la para o meu irmão do meio, e depois para o mais novo, e a ambos eu disse que a música era "da Joyce". Bom... hoje eu sonho com o dia em que eu vou ninar minha própria criança ao som de "Clareana", mas para ela vou dizer: "é da Joyce Moreno". Só o nome será diferente, pois tenho certeza de que a ternura será a mesma.

 
At 8:49 PM, Blogger Bernardo Barroso Neto said...

Oi Joyce Moreno!
Gostei do "seu nome novo", apesar de que já tava mais do que acostumado só com Joyce.
Quando você começou só tinha o James Joyce, hoje tem milhares de Joyces.
É bom pra diferenciar.
Beijos!

 
At 7:54 AM, Anonymous Anônimo said...

Joyce Moreno é um nome lindo, tem poesia. Nesse mundo googolizado, sempre tive dificuldade em encontrar a Joyce que sempre quis nesses catálogos eletrônicos, sem coração mas sempre úteis.

Mas o que importa mesmo é a música que vem junto com o nome. Joyce, Joyce Moreno, JM para abreviar vai sempre trazer o samba-jazz-sincopado. O toque no violão e o timbre da voz têm impressão digital, e essa é só sua.

Bjao, sucesso (mais!!!!)!

 
At 11:24 AM, Anonymous Anônimo said...

Antes tarde do que mais tarde; acabei de atualizar sua página no orkut.
Quanto ao show de ontem, no Teatro FECAP, eu seria de uma indelicadeza inominável se dissesse que vc é como o vinho.
Prefiro dizer que é como um bom champanha: madura e cada vez melhor.

 
At 2:11 PM, Anonymous Anônimo said...

Costumo assinar meus contos e crônicas como Carlos Bruni. Isso muito antes de "minha prima, lá de Paris", fazer e acontecer na mídia de todo o mundo. Mas eu cheguei primeiro; portanto, o problema é dela.

 
At 8:34 AM, Anonymous Anônimo said...

Ficou bonita a incorporação! Gostoso de falar.
Joyce Morena também ficaria lindo! rs! Não importa, Joyce é Joyce e pronto! Esse tbm acho bonito: "janete de andrade lemos guimarães santana"...só que ela não tem violão, não sabe cantar patavinas no máximo sabe fazer uma boa faxina(rs)...Contudo sabe definir muito bem o que é uma boa música; puxando um ponto vírgula aqui, inclusive enumerei cada parte do trecho de uma filmagem no Tube enquanto vc toca e canta com Tutty, "feminina"...cada dedilhar, cada acorde, cada entonação e qse fui ao ápice. Sinto um prazer incomensurável quando ouço uma "música de verdade",com ou sem nome e sobrenome mas com alma e corpo. É isso que realmente envolve!
Abç no envoltório meigo da Joyce Moreno!
bjs querida!

 
At 8:02 PM, Anonymous Túlio said...

ainda bem, estava cansado de me afogar num mar de joyces na internet, nem todas com o seu talento

 
At 8:49 PM, Anonymous Anônimo said...

Pra mim só existirá uma Joyce....que agora é Moreno;;;;

 
At 6:23 PM, Blogger Unknown said...

Que delícia poder escrever para voce que admiro tanto, a tanto tempo. Adorei Joyce Moreno... grande idéia!

Joyce, por favor, me diga onde posso encontrar a letra da sua versão par When I'm 64 dos Beatles?

Grande beijo e muita luz em 2010, Patricia

 

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