o chão que eu piso
Sempre levei muitos tombos na vida, tombos de verdade, desde criança. Tantos, que num dado momento escrevi uma história que tinha uma personagem especializada em tombos. Meus tombos têm razões diversas e combinadas: astigmatismo, o chamado genu valgo normal, equilíbrio precário, etc. Melhorei: hoje não saio sem óculos e faço exercícios para melhorar o equilíbrio. Mas ando sempre olhando pro chão, para não ser apanhada de surpresa. Dá certo.
De tanto olhar o chão, acabei descobrindo belezas nele que eu não veria se não estivesse tão atenta. E comecei a fotografá-las. Brevemente irei criar uma página com estas fotos, sem nenhuma pretensão, só por puro prazer. Peço emprestado o título do lindo livro de Salman Rushdie, "The Ground Beneath Her Feet" ("O Chão Que Ela Pisa" - onde a personagem principal é literalmente 'engolida' pelo chão).
Vai acima uma dessas fotos do chão que eu piso, feita em Colônia, Alemanha, ano passado. Vejam como o chão às vezes pode ser bonito.
PS- e como a vida pode ser triste, às vezes! Santa Maria: "menino, não morra cedo/ menino, não chegue tarde", como diz a letra de Cacaso. Quanta tristeza.