terça-feira, janeiro 31, 2012

o terceiro ato da vida

Estas fotos são do ano passado, mas simbolizam o que quero dizer hoje. Eu e minhas queridas marcas de vida. E a vida no terceiro ato prossegue.

A propósito, recebi este link de uma amiga, e compartilho com vocês. É a sábia Jane Fonda falando sobre a maior revolução dos dias de hoje, a nossa. Mais uma vez, nossa geração participa de uma enorme mudança.



sábado, janeiro 28, 2012

fotos de amigos

1975 - gravação do disco 'Minas' no estúdio da EMI-Odeon. Eu, Isaurinha Tiso (hoje exercendo a profissão de dentista em MG), Bituca (o dono do disco) e seu parceiro Ronaldo Bastos, também na produção. Faltou aparecer na foto Lizzie Bravo, que comigo e Isaurinha fazia o coro feminino das amigas do Bituca. Mas era ela quem estava batendo a foto, que hoje faz parte do seu maravilhoso arquivo de época.

Uma das canções deste disco, 'Idolatrada', de Milton e Fernando Brant, acabou gerando uma outra canção minha (com Ana Terra) que poucos anos depois viraria um hit na voz de Bethania: 'Da Cor Brasileira'. Foi quase uma resposta nossa àquela letra dos 'meninos' que dizia 'tu és mulher, cuidas da casa e da família, mas não és da ribeira'. Como assim, cara-pálida? nos perguntamos, eu e Ana, para em seguida emendar com a nossa 'é o homem da cor brasileira, a loucura, a besteira que dorme comigo'.

De volta a esta foto: "Perfume embriagador, juventude/que brilha um momento..." Éramos todos lindos, aos vinte e poucos anos, como se costuma ser.


quarta-feira, janeiro 25, 2012

25 de Janeiro

Aniversário da cidade de São Paulo. Mas, principalmente, aniversário do Tom, que hoje faria, se vivo fosse, 85 anos. Por causa dele, hoje é também o Dia Nacional da Bossa Nova.

Então, como acaba de me dizer um amigo: parabéns e obrigado!

aqueles textos de internet

Uma amiga querida e de total confiança me mandou um texto chamado 'A Visão do Veríssimo Sobre o BBB', certa de que era dele. Só que o próprio Veríssimo já comunicou pela imprensa que este texto não é seu (e até agradeceu, ironicamente, pela repercussão que, segundo ele, os textos verdadeiros dele nem sempre têm). Aliás, embora justo na intenção, o texto é mal-escrito que dói... Não seria dele mesmo.

Veríssimo, sempre de bom-humor, avisa que não poderia ter nenhuma 'visão' sobre um programa ao qual ele nunca assistiu. E que quase não assiste a nenhuma TV. Não posso culpá-lo, faço o mesmo. A TV aberta no Brasil é ruim de doer, não dá para assistir. O preconceito contra a cultura (considerada hoje como coisa elitista) que rola de um tempo pra cá no nosso país, de modo geral, faz com que atualmente até mesmo a TV paga procure atender às chamadas classes C e D, dando uma baixada básica no nível dos programas, dublando/mutilando filmes, etc. Não compro este argumento. Sábado passado mesmo fiz um show no Centro de Referencia da Música Carioca, com ingressos a um real. A casa lotou, com filas do lado de fora à espera de alguma desistência. As pessoas querem comida, diversão e arte. Mas não necessariamente nessa ordem. Muita gente quer arte, sim. Já disse o sábio Gilberto Gil: "o povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe".

Voltando ao falso texto do Veríssimo: não sei por que as pessoas fazem isso - por que não assinam com seus próprios nomes? Será que é porque acham que não serão lidas? Outro dia recebi parabéns por uma frase 'minha' que rolou na internet e que nunca fez parte de nenhuma música feita por mim. Pro autor é chato quando isso acontece.

Já vi textos falsos do Chico, do Jabor, do Drummond e de outros mais. Sempre ruinzinhos, mal-escritos, sem sombra do estilo do suposto 'autor', mesmo que muitas vezes corretos nas intenções. Mas de boas intenções, você já sabem, o inferno está cheio...

Então, quem leu, que avise ao pessoal: o texto é apócrifo. E que se proteste contra essa bobajada do BBB (que poderia se chamar FSS - Fama Sem Serviço, no dizer de uma outra amiga) de outra maneira, mais eficaz - ao invés de desqualificar um protesto, que seria pertinente, por causa de uma falsificação, que moralmente também está errada.


quinta-feira, janeiro 12, 2012

na estrada, de novo


É dura a vida da bailarina, dizia o Tom. Mas é divertida também. Começa o ano, já de cara, com vários shows sobre assuntos diferentes.

Neste fim de semana vou a Brasilia participar de um projeto bacana, que tem tudo pra ser ótimo. Senão, vejam:

Depois disso vou direto pra Curitiba, onde farei de novo uma apresentação do concerto com a orquestra À Base de Sopro e o vocal Brasileirão, como fizemos em 2010, baseado nas minhas composições. Desta vez iremos abrir com este show o seminário de música que acontece lá anualmente.

Volto pro Rio e reinauguro o Centro de Referência da Música Carioca, com um repertório ligado aos programas da série 'No Compasso da História'. E nesse meio tempo, Tutty estará com Zé Renato e grupo, fazendo os shows de lançamento do novo CD autoral do Zé, 'Breves Minutos'.

O ano começou, pra valer... Que seja de muita música!


domingo, janeiro 08, 2012

blog da Joana

Aqui estou com as irmãs Adnet, Antonia e Joana, no camarim da Sala Ibirapuera, antes do show 'Vinicius e os Maestros', orquestrado e dirigido pelo pai delas, Mário Adnet. Foto cortesia da mãe das duas, Mariza Adnet, super-produtora e amiga. Uma família adorável, amigos de muuuitos anos. Vi essas meninas na barriga da mãe. Hoje são duas musicistas de primeira.


Antonia, quem tem seguido o blog aqui já sabe que foi minha assistente e cúmplice neste árduo trabalho de um ano e meio do 'No Compasso da História'. E Joana Adnet é clarinetista, arranjadora, nutricionista e produtora cultural, tudo ao mesmo tempo. É também uma "sobrinha" honorária da minha longa lista, e pessoa mui querida. Ela é curiosa, sempre quer saber mais sobre tudo, e vai atrás. E agora compartilha com a gente no seu blog, http://de1tud0.wordpress.com/

Dicas sobre coisas de maior e menor importância, vocês decidem. Ou como ela mesma diz, "cultura inútil e útil também". Eu adorei e recomendo!


quinta-feira, janeiro 05, 2012

réveillon

Copacabana, minha área, minha praia, meu lugar de origem, visto aqui do meu Posto Seis - onde nasci e fui criada. Deslumbrante cenário da festa de fim de ano mais concorrida do planeta. E pensar que na minha infância e adolescência era uma festa simplezinha, apenas moradores e devotos na areia, sem fogos, nem luzes, nem turistas. Hoje são vinte minutos ininterruptos de fogos, a galera toda vestida de branco, oferecendo flores para Yemanjá, pacificamente. Dois milhões de pessoas!

Tudo muito lindo, não fosse a quantidade - as muitas toneladas - de lixo deixado pelo pessoal. A praia vira uma lixeira só. No dia seguinte, sofrem a Comlurb e seus garis, que têm a tarefa de limpar aquilo tudo; sofre o coração de quem ama a cidade e não tem o triste hábito de jogar no chão um papel de bala sequer.

Por que as pessoas fazem isso? Acham que o papel do poder público é limpar a sujeira delas? Até é, mas que tal se a gente sujar menos? Alguém joga lixo no chão na própria casa? pois a cidade é a extensão da casa da gente, e cabe a cada um de nós cuidar dela. Vi muitas vezes, no exterior, especialmente no Japão, as pessoas varrendo a calçada em frente às suas casas e lojas, cada um sendo responsável pelo seu pedaço. Por que o Brasil não aprende a fazer o mesmo, já que crescemos tanto na economia? Que tal um pouco mais de educação para acompanhar nosso novo status de país emergente?

Deixo como desafio uma listinha singela de perguntas que li na revista Época, escrita por alguém tão indignada como eu. É pra ler e se perguntar. Depois me contem.

Experimente responder a estas perguntas. Jogo lixo na rua? Já deixei lixo na praia? De carro, furo o sinal vermelho? Acelero no sinal amarelo para assustar o pedestre? Buzino sem parar e xingo no trânsito? Dirijo depois de beber? Deixo meu cachorro fazer cocô na rua sem recolher? Já fiz xixi publicamente? Corro de bicicleta na calçada, pondo em risco velhinhos e crianças? Abro a mala do carro estacionado para fazer ecoar meu som predileto?