turnês, viagens e Creative Commons

AINDA O CREATIVE COMMONS
Aqui vai meu aplauso à ministra Ana de Holanda pela retirada da licença
do Creative Commons do site do MinC. Ao mesmo tempo, não entendo a
surpresa ou a polêmica criada em cima de atitude tão equilibrada e de
bom senso, pois aos autores é garantido por nossa lei, brasileira, o
direito de licenciar ou não suas obras. Por que dar a uma entidade
estrangeira tal direito? O que deveria ter sido de espantar foi a
inclusão dessa licença na gestão anterior. Bola dentro da ministra. Tem
meu total apoio.
CARLOS LYRA
Reproduzo aqui também meu comentário, que foi publicado no mesmo dia:
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VANGUARDA DO ATRASO
Todo o meu apoio à ministra Ana de Hollanda! Gostaria que alguém me explicasse por que cargas d'água o Creative Commons (licença norte-americana privada, patrocinada, entre outros, pelo Google - que contribuiu com a módica quantia de US$ 30 milhões!) foi parar num site governamental de um distante país da América do Sul - que, por acaso, também faz a mais valorizada música do mundo no momento. Por que saiu de lá, isso eu entendo...
O direito autoral é uma conquista moderna, que data do início do século 20. Até então, como dizia o grande Donga (para ficarmos só na música), samba era que nem passarinho, de quem pegasse primeiro. Hoje a Constituição brasileira diz que a "obra do espírito" é direito inalienável do autor.
Moderno é o autor ter autonomia para decidir quanto vale o seu trabalho. O resto é a vanguarda do atraso.
JOYCE MORENO